Um dia bem distante,uma pessoa parou o carro em frente a minha casa, eu ainda morava em Angra dos Reis.
Estava distribuindo filhotes de cachorros, eu fui lá vê, e me deparei com uma enorme surpresa,eram muitos filhotes de todas as cores, da raça podou, não sei escrever certo.
bem quando eles me viram ficaram eufóricos e todos me queriam tinha uma fêmea tão pretinha e linda que era a mais esperta, pulava tão alto que só faltava cair da mala do carro.
Mas um, apenas um deles, me chamou atenção, estava lá no fundo sentado tão quietinho, com um olhar pidão,não esboçava nem um único som,então reparei nele, branquinho peludo de olhos escuros e grandes como uma jabuticaba, foi ai nesse olhar que nos apaixonamos.
Então eu disse pra Munique, é aquele que eu quero,e peguei ele, meu marido também estava junto e meus filhos,eles disseram esse não mãe, pega essa pretinha olha como ela tá louca pra senhora pegar ela, ah, mãe pega ela!
Eu não, só quero este bb aqui.
peguei ele no colo mas fiquei com pena da pretinha que fazia de tudo pra ser levada por mim, ai eu pensei são irmãos então fico com os dois.
Levei para casa e, coloquei o nome da pretinha de: Sofia e do branquinho BENJI!
Fiz um plano de saúde para os dois.
Antes que me esqueça, nós já tínhamos um cachorrinho chamado Braun era nossa paixão.
Bem, criei os dois com amor e carinho, o Braun era ciumento e não gostava dos dois, mas nunca deixei de dar carinho e amor para ele pois já era amor verdadeiro.
Eu comecei a perceber que benji era muito tímido, e tinha um olhar triste, então um dia a sofia desceu as escadas, e começou a latir, lindo chorei de emoção com seu primeiro latido e sua astucia de consegui descer as escadas, só que o benji ficou olhando ela latir e descer os degraus eu do lado dele comecei a incentivar ele a descer. Ele colocava a patinha no degrau de baixo e subia apavorado, demorou muito tempo até ele conseguir ir lá em baixo.
Bem um dia a Pediatra deles,( assim que eu chamo a veterinária) mandou um recado para mim: Eu tinha que me desfazer ou do benji ou da Sofia pois, os quando adultos não poderiam ficar juntos, eles eram irmãos e não poderiam cruzar.
Fiquei desesperada, mas tinha que ficar só com um, então dei a Sofia para Bete que era minha secretária do lar na época, ela cuidava direitinho como eu, mesmo assim chorei muitos anos.
Então fiquei só eu, brawn e benji, brawn não suportava benji e maltratava muito ele, mordia, não deixava ele comer nem beber água,isso quando eu não estava perto.
Mudamos para potro apartamento maior, benji tinha tres anos e brawn dez.
Brauwn começou a perder a visão, os dentes, e um dia descobrir que ele tinha câncer no cérebro e não tinha mais jeito de cura, e ele estava sofrendo muito, e eu mais ainda, sem saber o que fazer.
Aliás fazer o que o médico já tinha mandado eu decidir: sacrificar.
Eu chorei, gritei, mas tive que decidir sozinha o seu destino, então foi a última vez que vi o meu cachorrinho, quando o médico mandou buscar ele. foi horrível, foi muito cruel e triste.
Não me conformo...
Logo em seguida mudamos de Angra dos Reis para Niterói, eu meu marido e benji, quando chegamos eu reparei que ele estava mais triste e que não tinha gostado do lugar.
Comecei a trabalhar, e ele ficava em casa com meu marido, isso ele não entendia claro.
Mas eu conversava muito com ele, e ele tem uma voz que meu filho fez pra ele, que usava quando falava com ele, conversava muito com ele e ele entendia, brincávamos juntos, parecia duas crianças.
Eu passava o dia todo no trabalho falando dele e nele.
Mas uma noite cheguei em casa, e meu marido disse que ele tinha caído da nossa cama, mas não tinha se machucado.
Foi passando os dias eu falando que ele estava sem conseguir virar direito, e todos diziam que eu estava neurótica pois ele estava normal.