Quando as pessoas leram essa frase impressa, deixaram o jornal cair-lhes das mãos. Quedaram num silêncio de reprovação ou de perplexidade que, nem por isso, diminuiu o impacto da acusação lançada à face do "way of life" do mundo ocidental. A declaração foi prestada à imprensa americana por um jornalista que, a pretexto de entregar uma encomenda, conseguiu ser o último repórter a entrevistar Anna Jarvis. Foi nas vésperas de um Dia das Mães, Maio entrava triunfante, saltando no trampolim da primavera, o céu azul disparando canções de vento e nuvem. Entretanto, no interior da casa cercada de árvores trêmulas, na Rua 12 Norte, em Filadélfia, havia penumbra, um ar de Outono estagnado, as horas pingando de um velho relógio, em fonte de desalento.
- Antes não o tivesse feito! lamento ter criado o Dia das Mães!
Não muito tempo se passou e, exausta, agonizante, Anna Jarvis era levada para o Sanatório da Praça Marshal, na cidade de West Chester, Estado da Pensilvânia.
Morreu ali!
Sua cabeça pendeu sobre o travesseiro, cravo-branco ferido, que murchou e morreu, impotente aos revérberos ferozes de milhares de sóis em dólar-ouro.
Dezenas de mensagens tem chegado, pelas fontes mediúnicas, dizendo aos espíritas que é preciso dar ao Natal o seu verdadeiro espírito.
Alguém, algum dia fará isso!
"Minha bem-amada Anna, deixe que eu conte aos meus irmãos a tua História..."
Certo dia, em 1926, uma mulher alta e enérgica. de aspecto decidido, entrou num hotel de Filadélfia e encaminhou-se na direção de um grupo de senhoras da Associação das Mães de veteranos de Guerra, reunidas em convenção.
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