quarta-feira, 2 de setembro de 2009

PREFÁCIOS ESPIRITUAIS

A mulher deve ser como a palha miúda
com que se encaixotam porcelanas,
palha que não conta,
palha que mal se vê,
palha de que ninguém se apercebe
e sem a qual se quebraria tudo!

Minha mãe - não te defino
Por mais rebusque o ABC...
Escrava pelo destino,
Rainha que ninguém vê.

Certos pensamentos são como orações.
Em dados momentos, qualquer
que seja a postura do corpo,
a alma está de joelhos.

Ama, filhinha entretanto
Sofre a dor que o lar te der.
É toda feita de pranto
A glória de ser mulher.
Mãezinha não sei ao certo
Onde a ausência dói mais fundo,
Se na paz do firmamento,
Se na dor que envolve o mundo.

Leite materno! óleo Santo!
Afirma-se que ele veio
Do sangue que se fez pranto
No filtro de amor do seio.

Devemos interpretar
Toda mulher ao relento
Como sendo nossa mãe
Vagando no sofrimento.


do livro
mãe
antologia mediúnica
Francisco Cândido Xavier

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